domingo, 11 de maio de 2008

Sapatos por Vivienne Westwood !!!

Como todo mundo sabe que eu adoro sapatos, vou falar um pouco sobre Vivienne Westwood, que é uma estilista super famosa pelo seu jeito irreverente e exêntrico de desenhar sapatos. A estilista Vivienne Westwood ficou popularmente conhecida como a estilista punk, aquela que levou das ruas de Londres para as butiques a estética do movimento, transformando o punk em moda. Aos 63 anos de idade e 34 de carreira, a estilista britânica esrtá sendo homenageada com uma megaexposição apresentada pelo Victoria & Albert Museum (Londres). É a maior mostra dedicada a um designer de moda já realizada pelo centro. Desde sua primeira coleção, lançada em 1981, o museu vem adquirindo peças da estilista para seu acervo. Estão sendo mostradas, além de roupas de todas as épocas da carreira de Vivianne Westwood, que começou em 1970 com sua primeira loja em Londres, acessórios, sapatos, desenhos e vídeos. A mostra vai até o dia 11 de julho e para saber mais visite o site do museu: http://www.vam.ac.uk/.
Vivienne nasceu em 1941, em Glossop, uma cidadezinha perto de Manchester, na Inglaterra. De família de classe média, sua mãe trabalhava em uma fábrica de algodão e o pai pertencia a uma família de fabricantes de calçados. Aos 17 anos, mudou-se para Londres e algum tempo depois passou a dar aulas de inglês e casou-se com Derek Westwood, um diretor de uma escola de dança, com quem teve seu primeiro filho. Influenciada talvez pelo clima rebelde e liberal do final dos anos 60, a até então pacata mãe de família terminou seu casamento e iniciou uma viagem por uma vida completamente nova, pautada por muita polêmica e ousadia.Vivienne conheceu Malcolm McLaren, que tornou-se rapidamente seu segundo marido e um crítico do movimento flower power, o qual considerava um movimento sem sentido e comercial. Juntos, em 1970, buscaram nos anos 50 a inspiração para a criação de sua primeira loja, chamada "Let It Rock" e localizada no número 430 da Kings Road. Lá, eles vendiam objetos e roupas que lembravam Elvis Presley e o rock and roll original da época. Com McLaren, a designer teve seu segundo filho, Joseph Corre, que atualmente é dono de uma das lojas de lingerie mais famosas de Londres, a Agent Provocateur. A ex-professora de inglês começou então a criar suas próprias roupas, pensando nos que vivem à margem da sociedade, negros e rockers. Em 1972, a loja passou a chamar-se "Too Fast to Live, Too Young to Die". A ousadia de suas roupas começou a se destacar em peças de couro, t-shirts com estampas eróticas, motivos africanos, entre outros. Com a polêmica criada, eles chegaram a ter problemas com a justiça e, em reação, o nome da loja mudou novamente, agora para "Sex", onde suas t-shirts ganharam ainda mais ousadia com mensagens mais explícitas, além de venderem objetos sadomasoquistas.
Nesse período, a borracha tornou-se a principal matéria-prima de suas criações.Vivienne Westwood se apresentava com roupas de couro, t-shirts rasgadas (chamadas por ela de "catalyst-shirts") e acessórios feitos de correntes e cadeados. Nascia aí o conceito punk de se vestir. O trabalho do casal começou realmente a se difundir quando Vivienne criou um modelo novo, feito de borracha e vinil vermelhos. Além disso, Malcolm era o produtor da banda punk mais influente da época, os Sex Pistols, vestidos pela estilista. Daí o fato de ser chamada de estilista punk até hoje. Ela mesma afirma: "na época, não me via como estilista. Procurávamos motivos de rebelião para provocar o stablishment. O resultado dessa procura foi a estética punk".
Como todo movimento, a cultura punk se diluiu com o passar do tempo e quando o Sex Pistols acabaram, a estilista chegou a pensar em desistir de sua carreira. No entanto, aquela que transformou o punk em moda, partiu para outra viagem. Seu interesse se voltou para a história do vestuário, especialmente as indumentárias indígenas, rebeldes e piratas. Muito de acordo com o momento em que viviam, a loja do casal MacLaren passou a se chamar definitivamente "World's End", onde o piso era inclinado, o relógio de entrada tinha 13 horas e os ponteiros moviam-se ao contrário. Sua primeira coleção ("Pirates") apresentada em um desfile aconteceu em 1981 e a reação do público foi muito positiva.
Primeira coleção da estilista "Pirates" (1981)
O Victoria & Albert adquiriu um vestido, um colete e um chapéu, além de mais 30 peças da estilista para seu acervo. Sua segunda coleção ("Nostalgia of Mud") foi apresentada em 1982, em Paris, que desde Mary Quant não abria suas portas a um criador inglês. Era também o fim do casamento e da parceria entre Vivienne e Malcolm. Em 1983, a coleção "Witches" só trazia a assinatura da estilista. Durante os anos 80, ela passou a criar roupas cada vez mais ligadas à história de outras épocas, rejeitando por completo o estilo yuppie, principal referência da chamada década perdida. Suas roupas tornaram-se exuberantes, caras, com cores fortes e formas exageradas. Em 1984, ela apresentou crinolinas mini, enchimentos nos seios e nos quadris, além de enormes sapatos plataforma. Em 1987, começou a criar espartilhos, que se tornaram ícones de sua marca.
Em 1990, na coleção "Portrait", surgiram os mais célebres modelos de espartilho que viria a criar, estampados com cenas do quadro "Um Pastor Observa Uma Pastora Adormecida", de François Boucher.
Portrait(out/inv1990/91)
Nesse mesmo ano, ela apresentou sua primeira linha de roupas masculinas, em Florença. Seu desejo era que o homem se vestisse de forma atraente e erótica. Em sua coleção de 1994, "Erotic Zones", surgiram peças que deixavam o bumbum das modelos à mostra e, em 1997, ironizando o traje típico escocês masculino, criou roupas femininas sensuais e coquetes.
Erotic Zones(prim/ver1995)
Five Centuries Ago(out/inv1997/98)
Seu interesse pelo estilo escocês a fez criar um padrão que se tornou reconhecido oficialmente e tem o nome de Marc Andréas, nome de seu atual marido, o qual conheceu quando dava aulas na Academia de Artes Aplicadas de Viena no final dos anos 80. Ao longo de sua carreira como estilista, Vivienne Westwood ganhou diversos prêmios, entre eles o de designer do ano da Grã-Bretanha em 1990 e 1991, além de ter sido nomeada membro de honra do Royal College of Art. Em sua última coleção, apresentada em março deste ano, em Paris, mostrou um mix de peles, xadrez, botas, malhas, muitas amarrações e sobreposições com influências étnicas.

Sapatos plataforma que, em 1993, fizeram a top Naomi Campbell cair na passarela
Alguns calçados da estilista:

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